quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Ah se eu tivesse asas...

     Ontem um pombo cagou na minha cabeça!
     Ontem o Trump foi eleito presidente dos EUA!
     O que uma coisa tem a ver com a outra?
     NADA!
     A não ser que você acredite em presságios ou coisa do tipo! Mas nem assim, porque quando da arte do pombo, o Trump já era presidente...
     Mas teve a observação do meu cunhado alemão que mora na América, quando eu indignada reclamei do pombo: "Isso não foi nada Marô. Por aqui foi uma águia que cagou em cima dos EUA inteiro e isso vai feder por quatro anos!"
     Sim, porque reclamei que a coisa fedia muito - O cocô do pombo, claro!
     Minha mãe me disse que "é sorte"! Só não entendi ainda de quem...
     Isso nunca tinha me acontecido antes; e me senti tão humilhada, fiquei tão indignada quando vi aquele pombo me olhando com aquela cara de "peguei mais uma" que tive vontade de sair correndo atrás dele para dar-lhe um belo dum safanão... o problema é que eu não nasci com asas!
     E fui caminhando, pensando se voltava pra casa ou se cumpria minhas intenções quando saí... e continuei andando passando no cabelo um saco plástico (que seria destinado para o cocô, não do pombo, porque ninguém sai de casa com um saco plástico prevendo que o um pombo vai usar a sua cabeça como banheiro, mas da cachorra, com quem eu passeava) pra ver se conseguia tirar aquele troço nojento da minha cabeça. E o trem fedia!!! Fedia muito e eu fazia vômito!
     Naquele intervalo resolvi voltar pra casa e desisti umas 15 vezes, até chegar na farmácia, outro destino planejado, onde a atendente me deu um papel toalha e me ajudou a melhorar um pouquinho a situação. A vontade de meter a cabeça embaixo do chuveiro era incontrolável...
     E fiquei me lembrando de uma história de quando meu marido era pequeno, talvez com uns 8 anos. Ele morava numa casa com um quintal cheio de árvores, terra... essas coisas gostosas de tempos atrás! Ele costumava brincar com seus carrinhos nesse quintal. Construía estradas, fazia túneis e garagens para guardar os carrinhos. Após alguns dias de chuva, ele foi ao quintal pra procurar seus carrinhos que estavam em um dos "túneis" por ele construído e, ao colocar a mão lá dentro, sentiu uma coisa gelada e úmida. Tirou a mão rápido e viu um sapão saindo lá de dentro! Levou um susto e saiu correndo aos prantos, com o braço estendido, mantendo a mão o mais longe possível do corpo e gritando: "Corta a minha mão! Corta a minha mão! Eu não quero mais a minha mão!"
     E o que isto tem a ver com a história do pombo?
    TUDO! "Corta a minha cabeça! Eu não quero mais a minha cabeça!", foi o que tive vontade de gritar naquele momento, só que eu não sou criança e cabeça é muito diferente de mão né? Rá! (Se é!). Provavelmente seria levada para um manicômio, só não sei se com ou sem cabeça! Mas com as mãos, certamente!
     Mas se eu tivesse asas... ah, se eu tivesse asas!!!
     Pelo menos serviu pra mudar o tom triste e melancólico das últimas postagens...
     E a cabeça ainda está por aqui - eu acho! - porém agora limpa e cheirosa novamente!

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